terça-feira, 1 de novembro de 2011

Antiguidade Oriental: Sob o domínio do Império Persa


1. Localização: A Pérsia situava-se no desértico planalto do Irã, situado a leste da Mesopotâmia. Os primeiros povos a se estabelecer ai são os medos (ao norte) e os persas (ao sul), em 2000 a.C. A economia era pautada na agricultura e pecuária. Os medos formaram primeiro seu reino no séc. VII aC., dominando assim os persas. Mas em 550 a.C, o príncipe persa Ciro (da imagem ao lado) incita uma rebelião vitoriosa, que leva os persas ao domínio da região e das demais tribos. Ciro tem a imagem de soberano justo e generoso, que não promovia extermínios e tolerava as religiões e cultura dos vencidos. Exemplo disso, é o fato de permitir os hebreus a voltarem a Palestina. Afim de resolver problemas populacionais e agrícolas, a Pérsia expandiu seu império com Cambises (529-522aC) e Dario (522-486 aC), compreendendo do Egito e Grécia até o vale do rio Indo, incluindo aí a Mesopotâmia, a Fenícia e a Palestina.
 
2. Administração: O Império Persa é o mais extenso dos impérios orientais, cuja a forma de governo era a monarquia absoluta teocrática. Para manter a dominação e melhorar a organização, Dario I dividiu o império em províncias (satrápias) e nomeou altos funcionários para governá-las (satrápas). Eram vigiados por inspetores (um secretário e um general), que eram “os olhos e ouvidos do rei”. Possuía quatro capitais: Susa, Pérsepolis, Babilônia e Ecbátana. Impostos eram cobrados, mas a cultura dos povos dominados era respeitada. Diversas estradas foram construídas com a finalidade de facilitar a comunicação e o deslocamento dos exércitos, como por exemplo a Estrada Real, que ia de Susa a Sardes e tinha 2400km de extensão. Organizou um eficiente sistema de correios e instituí uma moeda-padrão, o dárico. A Pérsia entra em decadência durante a conquista da Grécia (Guerras Greco-Pérsicas), onde Dario e Xerxes são derrotados pelos gregos. O império sucumbe em 334 a.C, com Alexandre o Grande, da Macedônia.

3. Religião, Artes e Ciências: Os ensinamentos religiosos persas foram reformulados por Zoroastro ou Zaratustra (628-551 aC). Segundo o Zoroatrismo, o universo é governado por dois deuses em luta permanente: Ormuz (bem) e Arimã (mal). No final, Ormuz derrotaria Arimã e o lançaria num abismo. Os mortos ressucitariam e seriam julgados. A crença na disputa entre bem e mal, julgamento dos mortos e vida eterna para os justos são pontos importantes da religião, que esta contida no livro sagrado Avesta. De culto simples, o zoroatrismo persiste até hoje em alguns locais da Índia. Nas artes, sofreu diversas influências assírias, egípcias, babilônica e grega, sem contar que o império estava no centro de rotas comerciais que ligavam a China, Índia e os mercados europeus, desenvolvendo vasta produção artística na arquitetura (baixo e alto  relevo), tecidos de luxo, jóias, mosaicos e tapetes da rara beleza. As ciências não foram desenvolvidas pelos persas. 

Ruinas da cidade de Persepolis, no Irã

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