Por Leandro Pereira dos Santos *
“Mergulhada em desavenças internas, a comunidade andina se divide entre os que unilateralmente procuram acordos comerciais com os EUA, a UE e a Ásia, como no caso de Peru e Colômbia, e os que se aproximam da ALBA, como nos casos de Equador e Bolívia.”(COUTINHO, 2009, p.4, Grifo nosso)
Atualmente os países andinos estão divididos em dois blocos distintos: o bloco daqueles que são favoráveis a uma abertura maior para com o capital estrangeiro globalizado e também a uma relação diplomática maior com os EUA. Esse bloco é composto por Colômbia, Peru e Chile, sendo que o primeiro é um dos aliados mais fiéis dos EUA na América do Sul pois o governo de Álvaro Uribe depende do apoio dos EUA, que se manifesta através do plano Colômbia, para combater a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que empreende uma guerrilha que já dura 46 anos. E o outro bloco distinto é daquelas nações que são contrárias ao capital estrangeiro globalizado e também contrárias as relações exteriores maiores com os EUA por temerem que esse possa intervir em assuntos internos, andando em direções opostas a do primeiro bloco, como por exemplo: enquanto o primeiro bloco abre sua economia para o capital estrangeiro globalizado o segundo busca reconquistar as bases econômicas do Estado através de ondas de estatizações, promovendo assim uma retórica nacionalista. Esse bloco é composto por Venezuela, Bolívia e Equador.